Bolsonaro chama Petrobras de “monstrengo” e fala em privatização

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Jair Bolsonaro
Na última sexta-feira (5), o Ministério da Economia disse à Petrobras que não há estudos ou avaliações para a privatização da estatal neste momento

(ALBERTO PIZZOLI/AFP via Getty Images)

  • Bolsonaro voltou a falar em privatizar a Petrobras

  • Presidente manifestou interesse em vender parte da empresa e disse que estudos estão sendo feitos

  • Ele ainda chamou a estatal de "monstrengo" e criticou os lucros dos acionistas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a Petrobras e a chamou de “monstrengo” durante entrevista à rádio Cultura do Espírito Santo. Ele ainda disse que estudos estão sendo feitos para privatizar parte da estatal.

“Não tenho ingerência sobre a Petrobras, tanto que espero privatizar parte dela, o que não é fácil. Já entrei em contato com a equipe econômica", disse.

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Durante a entrevista, Bolsonaro criticou os lucros dos acionistas da Petrobras, apesar da União ser a maior acionista e beneficiária dos dividendos pagos pela estatal.

"A Petrobras é um monstrengo, é uma coisa estatal, tem monopólio e vive em função dela. Ela vive das legislações existentes para que os acionistas nunca tenham, não digo prejuízo, mas lucro bom", pontuou.

Venda da Petrobras

Essa não é a primeira vez que Bolsonaro aponta interesse em privatizar a empresa. Apesar das falas do presidente, na última sexta-feira (5) o Ministério da Economia disse à Petrobras que não há estudos ou avaliações para a privatização da estatal neste momento.

A série de manifestações de Bolsonaro sobre privatização, em meio a críticas sobre a política de preços dos combustíveis, é alvo de investigações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que avalia o cumprimento das exigências legais de divulgação de fatos relevantes ao mercado.

A inconstância das informações tem, inclusive, gerado oscilações no preço das ações da companhia. No último dia 25, por exemplo, após entrevista de Bolsonaro, os papéis chegaram a bater alta de 7,7%. No fim do pregão, as ações preferenciais fecharam em alta de 6,84%.