Bolsa recua com China pesando sobre Vale e Petrobras
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SĂO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa de Valores brasileira começou agosto em baixa apĂłs ter fechado julho com forte recuperação. AlĂ©m de um movimento de ajuste, com investidores embolsando lucros do mĂȘs passado, tambĂ©m pesou para a queda do mercado domĂ©stico nesta segunda-feira (1Âș) o desempenho negativo do setor de commodities. O segmento foi prejudicado por dados mais fracos da economia da China.
O Ibovespa, Ăndice de referĂȘncia da Bolsa, caiu 0,91%, a 102.225 pontos. Apesar do desempenho ruim das açÔes de grandes exportadores, o mercado de cĂąmbio brasileiro fechou perto da estabilidade. O dĂłlar subiu 0,07%, cotado a R$ 5,1770.
Uma pesquisa privada realizada pelo Caixin e divulgada nesta segunda mostrou que a atividade industrial cresceu mais lentamente do que o esperado em julho, depois de ter melhorado em junho, quando foram levantados os lockdowns generalizados contra a Covid.
A pesquisa oficial divulgada no domingo jĂĄ havia indicado que o setor realmente contraiu no mĂȘs passado, reportou a Reuters.
O barril do petrĂłleo Brent chegava ao fim do dia com queda de 9,11%, a US$ 99,99 (R$ 515,94), pela primeira vez abaixo dos cem dĂłlares em duas semanas.
No Brasil, o Copom (comitĂȘ de polĂtica monetĂĄria) do Banco Central divulgarĂĄ a taxa bĂĄsica de juros na quarta-feira (3) e uma alta de 0,5 ponto percentual Ă© amplamente esperada, o que levaria a Selic para 13,75% ao ano.
Refletindo a desvalorização da commodity, as açÔes mais negociadas da Petrobras fecharam com queda de 1,38%. A Vale, que tem na China o principal destino das suas exportaçÔes de minério de ferro, caiu 2,39%.
"ApĂłs trĂȘs pregĂ”es consecutivos em alta, o Ibovespa realiza e recua nesta segunda, alinhado ao exterior e com a desvalorização das commodities", comentou Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora.
Em julho, o Ibovespa subiu 4,69%, o maior crescimento mensal desde março. O movimento esteve alinhado ao do mercado americano. Em Nova York, o indicador parùmetro S&P 500 recuou 0,28% nesta segunda, após ter saltado 9,11% em julho, atingindo o maior ganho mensal desde novembro de 2020.
A alta dos mercados de açÔes no mĂȘs passado Ă© associada por especialistas Ă perspectiva de que a desaceleração da economia dos Estados Unidos poderĂĄ evitar altas mais agressivas na taxa de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
Sem a perspectiva de ganhos mais altos com os juros do Tesouro, investidores se arriscaram mais no mercado de açÔes, o que tambĂ©m vem provocando desvalorização global do dĂłlar nos Ășltimos dias.
Na quinta-feira (28), o governo americano informou que o PIB (Produto Interno Bruto) do paĂs caiu a uma taxa anualizada de 0,9% no Ășltimo trimestre. A segunda desaceleração trimestral consecutiva da economia dos EUA preenche o critĂ©rio mais utilizado para classificar uma recessĂŁo.
A expectativa de diminuição no ritmo do aperto ao crédito nos Estados Unidos tem provocado desvalorização global do dólar.
No mercado de cĂąmbio brasileiro, o dĂłlar perdeu 1,12% em julho e, com isso, acumula uma queda de 7,22% neste ano.