Biden acredita em acordo no Congresso para evitar calote e aumentar teto da dívida dos EUA

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O presidente americano, Joe Biden, disse neste sábado (20) que provavelmente o governo chegará a um acordo com a oposição para aumentar o limite de endividamento do país e evitar um "default", apesar das negociações difíceis com o partido Republicano.

"Ainda acredito que poderemos evitar um default e conseguirmos um acordo decente", declarou Biden aos jornalistas durante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão. O presidente cancelou parte de sua agenda para retornar mais cedo a Washington e tentar obter um acordo.

Os Estados Unidos ultrapassaram seu limite de endividamento e o governo espera que o Congresso levante ou aumente esse teto para honrar os compromissos assumidos pelo país, evitando uma moratória inédita.

Os Estados Unidos superaram o limite máximo de emissão da dívida pública em janeiro, que é de U$S 31,4 trilhões (R$ 156,5 trilhões, na cotação atual), e, desde então, vêm aplicando medidas extraordinárias que apenas permitem cumprir com as obrigações por um determinado tempo.

O Departamento do Tesouro alertou que o governo americano poderia ficar sem dinheiro a partir de 1º de junho. Mas, apesar do risco de caos econômico no país, que teria repercussão na economia mundial, a batalha política continua em Washington.

Os republicanos exigem que Biden reduza os gastos públicos em troca da obtenção do apoio para elevar o limite de endividamento do país, que é da alçada do Congresso. Mas os democratas defendem um aumento da capacidade de emissão de dívida sem condições.


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