Berçário e maternal tem 90% das matriculas canceladas durante a pandemia
Por Artur Nicoceli
Assim que decretado o isolamento social por conta do novo coronavírus, as instituições de ensino particular tiveram que adotar as aulas online. No entanto, a pandemia agravou a economia familiar e obrigou muitos pais a rever os gastos em casa.
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“Estima-se que o berçário e maternal tiveram 90% do cancelamento das matrículas no Brasil, já a educação infantil foi de 60%”, afirma o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), Ademar Batista. Ele argumenta que o ensino fundamental e médio, exigidos pelo MEC, tiveram uma queda de apenas 2%.
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Juliana Rodrigues e o marido, Ícaro Pontual, pensaram em tirar a filha Ísis, de 3 anos, no início da pandemia, mas optaram por afastá-la em junho. “Estamos convivendo com a incerteza, principalmente na nossa economia, por isso consideramos o maternal um gasto excessivo nesse momento”, afirma Juliana. Ela informa que a escola não teve abertura para negociar na ocasião.
No caso das escolas de ensino fundamental e médio, muitas estão com inadimplência na mensalidade. Manuela Serrano, diretora administrativa do colégio Monsenhor Raeder, no Rio de Janeiro, informou que a instituição teve uma queda de 45% da receita. Para cumprir protocolos de biossegurança, folha de pagamento em dia e os custos de tecnologia para o ensino à distância, precisou recorrer a empréstimo.
O colégio Pentágono, em São Paulo, teve queda de 15% a 20% no faturamento. “Não é possível estimar o número de alunos para a pós-pandemia, devido à incerteza do momento. Se sanarmos a queda, mesmo que um pouco, conseguiremos ter uma retomada na economia”, fala a dona da instituição, Flávia Buissa.
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