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BCE eleva juros conforme planejado apesar de turbulência bancária

Prédio do Banco Central Europeu, em Frankfurt

Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa

FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros em 50 pontos-base na quinta-feira como prometido, ignorando o caos do mercado financeiro e os pedidos dos investidores para reduzir o aperto da política monetária pelo menos até que o sentimento se estabilize.

O BCE tem aumentado os juros no ritmo mais rápido já registrado para conter a inflação, mas as perdas nos mercados globais desde o colapso do Silicon Valley Bank nos Estados Unidos na semana passada ameaçou derrubar esses planos no último momento.

Em linha com sua orientação frequentemente repetida, o banco central dos 20 países que usam o euro elevou sua taxa de depósito para 3%, o nível mais alto desde o final de 2008, já que a inflação deve ultrapassar sua meta de 2% até 2025.

Mas não ofereceu nenhum compromisso para o futuro, apesar dos pedidos anteriores de uma longa lista de autoridades por mais altas grandes na luta contra a inflação.

"O elevado nível de incerteza reforça a importância de uma abordagem dependente de dados para as decisões de juros do Conselho do BCE", disse o banco.

Na manhã de quinta-feira, após dias de turbulência nos mercados, os investidores viam uma chance de 50% de um movimento menor de 25 pontos-base pelo BCE. Eles também diminuíram as expectativas para movimentos futuros, prevendo um pico de 3,25%, abaixo dos 4,1% precificados na semana passada.

As ações de bancos da zona do euro estão em queda livre esta semana, primeiro pelo colapso do SVB e depois pela queda no valor do Credit Suisse, um credor que há muito enfrenta problemas.

Mas o banco central suíço forneceu ajuda ao Credit Suisse de 54 bilhões de dólares, uma demonstração de força grande o suficiente para fazer suas ações recuperarem mais de 20% e elevar as ações de outros bancos.

A principal preocupação do BCE é que a política monetária funciona via sistema bancário, e uma crise financeira total tornaria sua política ineficaz.

Isso deixou o BCE em um dilema, colocando seu mandato de combate à inflação contra a necessidade de manter a estabilidade financeira diante da turbulência.

A inflação, principal responsabilidade do banco, está muito mais alta do que em crises anteriores e as novas projeções do BCE, publicadas nesta quinta-feira, são de que a alta dos preços ficará acima da meta de 2% até 2025, uma preocupação primordial para muitos membros do BCE.

A inflação foi estimada em uma média de 5,3% este ano, 2,9% em 2024 e 2,1% em 2025, disse o BCE, acrescentando que essas projeções foram finalizadas antes da turbulência atual.

"O Conselho do BCE está monitorando de perto as atuais tensões do mercado e está pronto para responder conforme necessário para preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na zona do euro", disse o BCE.

Embora as crises bancárias sistêmicas geralmente se transformem em recessões profundas, o sistema financeiro da zona do euro está em sua melhor forma em anos, com capital, liquidez e lucros em níveis saudáveis.

Alguns economistas também argumentaram que o BCE tem muitos instrumentos para combater o estresse do mercado e, portanto, não precisou sacrificar o movimento dos juros para manter os ativos financeiros à tona.