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BCE aumenta juros de novo e indica ao menos mais uma alta

Vista do edifício do Banco Central Europeu, em Frankfurt, Alemanha

Por Francesco Canepa e Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu aumentou as taxas de juros em 0,50 ponto percentual nesta quinta-feira e indicou explicitamente pelo menos mais uma alta da mesma magnitude no próximo mês, reafirmando que seguirá na atual trajetória de luta contra a inflação elevada.

Mas os mercados financeiros imediatamente interpretaram o movimento como uma sugestão de que o ciclo de aperto monetário pode de fato terminar em breve --assim como fizeram na quarta-feira, depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que havia sinais de arrefecimento da inflação.

O BCE vem aumentando os juros a um ritmo recorde para combater um repentino surto de inflação na zona do euro -- o subproduto de fatores como as consequências da pandemia da Covid-19 e uma crise energética que se seguiu à invasão russa da Ucrânia.

O banco central dos 20 países que compartilham o euro aumentou a taxa de depósitos bancários em mais 0,50 ponto percentual, para 2,5%, de acordo com o que foi dito em dezembro e com as expectativas do mercado.

O banco ainda afirmou que o próximo aumento da taxa será do mesmo tamanho, mas deixou em aberto suas opções mais à frente.

"... O Conselho do BCE pretende aumentar as taxas de juros em mais 50 pontos-base em sua próxima reunião de política monetária em março, e então avaliará a trajetória subsequente de sua política monetária", disse o BCE.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, contestou a interpretação de que a decisão desta quinta-feira significava que o ciclo de alta dos juros está próximo do fim.

"Não. Sabemos que temos terreno a percorrer, sabemos que ainda não terminamos", disse Lagarde em entrevista coletiva, em que reiterou o mantra do banco central de que "manterá a trajetória" da luta para trazer a inflação de volta à meta de cerca de 2% da instituição.

Lagarde destacou que, para a zona do euro, ela não diria que o processo desinflacionário já começou.

"Ainda temos fatores subjacentes de inflação que são fortes, sólidos e não estão se movendo, então precisamos fazer nosso trabalho", disse. Ela acrescentou que, depois de março, o próximo aumento das taxas de juro em maio pode ser de 0,25 ponto-percentual ou 0,50 ponto percentual ou o que quer que seja necessário.

Separadamente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) instou os bancos centrais a "comunicar a provável necessidade de manter os juros mais elevados por mais tempo".

"Afrouxar prematuramente (a política monetária) pode arriscar um forte ressurgimento da inflação assim que a atividade se recuperar, o que deixaria os países suscetíveis a novos choques que podem desancorar as expectativas de inflação", escreveram o chefe do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais do FMI, Tobias Adrian, e seus dois adjuntos em postagem em blog.

REDUÇÃO DO BALANÇO

Antes da decisão, os investidores e economistas esperavam que o BCE aumentasse sua taxa de depósito em mais 0,50 ponto percentual e a levasse a um pico de 3,25%/3,50% até o verão no Hemisfério Norte, o que seria o nível mais alto desde a virada do século.

O BCE também deu mais detalhes sobre seus planos de reduzir os 5 trilhões de euros em títulos que acumulou na última década, enquanto tentava aumentar a inflação, então muito baixa.

PERSPECTIVA TURVA

Os recentes dados econômicos da zona do euro pintam um quadro misto.

Em dezembro, o BCE disse que os juros seriam elevados "em um ritmo constante" até que a inflação voltasse à meta de 2%.

Mas essa orientação desde então se tornou uma fonte de confusão para investidores e contenção dentro do Conselho do BCE, já que a inflação geral tem caído acentuadamente, enquanto o núcleo dos preços segue subindo.