Mercado fechará em 3 h 55 min
  • BOVESPA

    102.619,44
    -1.094,02 (-1,05%)
     
  • MERVAL

    38.390,84
    +233,89 (+0,61%)
     
  • MXX

    54.112,70
    -86,24 (-0,16%)
     
  • PETROLEO CRU

    75,28
    +0,91 (+1,22%)
     
  • OURO

    1.996,60
    -1,10 (-0,06%)
     
  • Bitcoin USD

    28.518,54
    +251,53 (+0,89%)
     
  • CMC Crypto 200

    623,60
    +9,39 (+1,53%)
     
  • S&P500

    4.087,87
    +37,04 (+0,91%)
     
  • DOW JONES

    33.130,86
    +271,83 (+0,83%)
     
  • FTSE

    7.631,74
    +11,31 (+0,15%)
     
  • HANG SENG

    20.400,11
    +90,98 (+0,45%)
     
  • NIKKEI

    28.041,48
    +258,55 (+0,93%)
     
  • NASDAQ

    13.203,75
    +121,75 (+0,93%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    5,5062
    -0,0494 (-0,89%)
     

Bancos suspendem empréstimo após corte nos juros do consignado do INSS

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Depois que o Conselho Nacional de Previdência Social aprovou nesta segunda-feira (13) a queda dos juros do empréstimo consignado do INSS, uma série de bancos começou a suspender suas operações de empréstimo na modalidade.

Na lista estão instituições como Bradesco, Pan, Banco Mercantil do Brasil e C6 Bank. A onda confirma previsões que executivos do setor já vinham fazendo nos últimos dias de que havia um risco de corte na oferta do produto.

Com a redução de 2,14% ao mês para 1,70% no teto do empréstimo pessoal, a avaliação entre executivos do setor é que a margem do produto tende a ficar negativa, o que pode tornar inviável a concessão de crédito para uma parte dos aposentados, especialmente aqueles que concentram maior risco de inadimplência, ou seja, os que têm renda menor e a camada mais idosa.

Segundo o Mercantil, que tem foco no público acima de 50 anos, a suspensão é temporária. "Estamos avaliando a situação e ajustando o produto às novas condições. O cartão consignado e as demais modalidades de crédito pessoal continuam vigentes", diz o banco. O Pan também fala em suspensão temporária.

Procurada pelo Painel S.A., a Febraban não comenta o movimento dos bancos. Em nota, a federação afirma que cada instituição tem sua estratégia comercial e não houve qualquer decisão coletiva. "Os bancos que ofertam o consignado não reportaram à Febraban a suspensão da linha de consignado para aposentados do INSS.

Como essa decisão não é uma iniciativa setorial, cada banco tem sua política comercial de concessão de crédito, não cabendo reportar à Febraban as linhas de crédito que concedem ou deixam de conceder", diz o comunicado.

Mais cedo, nesta semana, a Febraban divulgou comunicado em que já apontava preocupação com o caso. "Os patamares de juros fixados não suportam a estrutura de custos do produto e os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada".

Outra entidade do setor, a ABBC (Associação Brasileira de Bancos), que representa os bancos de pequeno e médio porte, também divulgou comunicado com alerta semelhante.

"A redução traz riscos à continuidade das suas atuações nesta operação com a implementação dos novos tetos, o que poderá resultar em concentração de mercado em poucos bancos, prejudicando a concorrência na prestação de serviços ao aposentado, em especial para o público não-bancarizado", disse a ABBC.