Bancos ingleses proíbem a compra de criptomoedas após crise da FTX
Starling se junta ao Santander, RBS, LLoyds e Barclays na suspensão de compra e venda de criptomoedas;
Fintech citou "eventos recentes" como motivo por trás da decisão;
Colapso da FTX trouxe novamente à tona conversas de regulamentação do mercado.
O Starling Bank, um dos maiores bancos digitais do Reino Unido, suspendeu todas as transações para as corretoras de criptomoedas e plataformas de ativos digitais. Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (23), a instituição financeira citou "eventos recentes" como motivo pela nova política.
"Estamos constantemente revisando como mantemos você e seu dinheiro seguro. Como parte dessas análises, não oferecemos mais suporte à compra e venda de criptomoedas por cartão de débito, transferência bancária em libras esterlinas ou transferência bancária em outras moedas. Tomamos essa decisão para ajudar a proteger nossos clientes. Não cobraremos por nenhum pagamento recusado", disse em nota.
Desta forma, o Starlink se junta a outros bancos do Reino Unido que também restringiram compras e vendas de criptomoedas a partir de sua plataforma, como o Santander, RBS, Barclays e LLoyds, os maiores do país.
Nas últimas semanas o mercado de criptoativos sofreu um grande baque com a descoberta da insolvência da FTX, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo. O setor, que ainda não havia conseguido se recuperar do colapso do protocolo LUNA, entrou novamente em crise, vendo o preço das criptomoedas despencar mais uma vez.
A empresa, que possuía um valor de mercado de mais de US$ 30 bilhões, decretou falência rapidamente após as notícias de sua falta de liquidez vir a público. Segundo o novo CEO, John Ray, especialista em reestruturação de empresas, a situação é "sem precedentes". A FTX possuía mais de 100 conexões empresariais e as repercussões de sua queda ainda irão se desenvolver completamente no mercado. Especialistas apontam que a perda pode chegar a US$ 90 bilhões.
A magnitude da falência aumentou as conversas sobre a regulamentação do mercado, que deverá proteger aos usuários e trazer maior transparência para o mercado, de modo a impedir que uma empresa chegue ao tamanho da FTX sem apresentar nenhum tipo ativo líquido em seus cofres.