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Banco dos Brics anuncia saída de Troyjo e abre caminho para Dilma assumir presidência

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), instituição financeira criada pelos países dos Brics -bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-, anunciou nesta sexta-feira (10) que Marcos Troyjo deixará a presidência da instituição em 24 de março. A decisão abre caminho para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assumir o comando.

"O NDB iniciou um processo de transição de liderança, que ocorre de forma mutuamente acordada e de acordo com a governança e os procedimentos do banco", informou o órgão em comunicado oficial.

De acordo com o banco dos Brics, o conselho de governadores elegerá um novo presidente indicado pelo Brasil para preencher o mandato rotativo em exercício, que vence em 6 de julho de 2025. "Depois da eleição, o novo presidente assume o posto", diz.

Troyjo foi indicado à presidência do banco dos Brics em 2020 pelo ex-ministro Paulo Guedes (Economia). Sua proximidade com o governo Jair Bolsonaro (PL) e a disposição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de emplacar Dilma no cargo tornaram a permanência dele no posto insustentável.

Em nota, o banco elogiou a passagem de Troyjo pela presidência como "instrumental para o sucesso do NDB" e destacou sua participação em realizações importantes da instituição.

"Ele conduziu a expansão inicial de membros do banco, fortaleceu o departamento ESG (ambiental, social e de governança) e estabeleceu o Escritório de Avaliação Independente. Ele também liderou a mudança das operações do NDB para sua sede permanente em Xangai", diz o texto.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, Dilma já fez reuniões virtuais com ministros de Finanças dos países dos Brics, e a expectativa é que os ritos formais sejam concluídos até o fim de março. Ela deve acompanhar Lula em uma viagem oficial à China.

As sabatinas com as autoridades estrangeiras fazem parte do processo de nomeação da ex-presidente. Na semana passada, ela havia conversado com os ministros das Finanças da China, Liu Kun, e da Rússia, Anton Siluanov, expondo sua visão sobre o papel do banco e os desafios do órgão nos próximos anos.

Ao assumir o comando do NDB, Dilma deverá receber um salário superior a US$ 50 mil mensais (equivalente a R$ 257 mil), de acordo com pessoas com conhecimento das negociações.

Lula já afirmou publicamente a intenção de levar Dilma à presidência do banco em entrevista à CNN no dia 16 de fevereiro. "Olha, se depender de mim, ela vai [ser a presidente do banco]", afirmou o petista. O presidente disse que a nomeação de Dilma seria "maravilhosa" para os Brics e para o Brasil.

"A Dilma é uma mulher extraordinária, uma pessoa digna de muito respeito, e o PT adora ela. Ela, junto à militância do PT, ela é muito querida. E ela tem uma coisa que ela é muito competente tecnicamente. Então, se ela for presidente do banco dos Brics, será uma coisa maravilhosa para os Brics, será uma coisa maravilhosa para o Brasil", disse.

Dilma, que quer na instituição representantes do Brasil alinhados com sua visão sobre a economia, discutiu com Lula o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para o conselho de governadores, conforme mostrou a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

A ideia seria convidá-lo para representar o Brasil no conselho como uma espécie de suplente do ministro Fernando Haddad (PT) --que, como titular da Fazenda, integra o colegiado.