Banco do Brasil é condenado a indenizar idosa que sofreu golpe do Pix
Professora aposentada sofreu o golpe com pix em julho do ano passado
Ao seguir os procedimentos recebidos em uma falsa ligação, idosa teve os dados roubados
Decisão avaliou que os gastos eram incompatíveis com o perfil da cliente e que banco deveria perceber
O Banco do Brasil foi condenado a indenizar uma professora aposentada de 78 anos, moradora da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, que sofreu um golpe em julho do ano passado.
Segundo informações do portal UOL, Inazeli Azevedo Nóbrega e Silva recebeu uma suposta ligação de um funcionário do banco para avisar sobre uma tentativa indevida de acesso à sua conta. A aposentada foi então orientada a refazer alguns procedimentos de segurança por telefone e a confirmar diversos dados pessoais.
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Pouco antes de encerrar a ligação, Inazeli foi orientada a comparecer a uma agência do Banco do Brasil para fazer os procedimentos de segurança pessoalmente. No entanto, ao sair do local, a aposentada tentou fazer compras em uma farmácia da cidade e suas tentativas de pagamento pelos cartões de crédito e débito foram negadas. Ao chegar em casa e acessar o app do banco, descobriu o pagamento de boletos, transferências via Pix e contratação de empréstimos em seu nome.
O juiz Frederico dos Santos Messias, da 4ª Vara Cível de Santos, decidiu favoravelmente a Inazeli em primeira instância. O magistrado avaliou que os gastos eram incompatíveis com o perfil e a renda da idosa e que um dos serviços prestados pelo banco deveria ser o de perceber transações que fogem do padrão do cliente.
Golpes frequentes
Pesquisa Datafolha realizada entre 28 e 30 de junho aponta que um em cada três moradores do estado de São Paulo tem um familiar que já foi vítima de fraude bancária ou teve dinheiro desviado de conta.
Segundo a sondagem, 33% dos entrevistados afirmaram que conhecem alguém que passou pela situação, enquanto 65% alega que nunca teve um familiar que sofreu esse golpe.
A pesquisa ouviu 1.806 pessoas em 61 municípios de São Paulo. De todos os entrevistados entre 16 e 24 anos, 43% afirmaram que conhecem alguma vítima de fraude bancária. A porcentagem foi igual para pessoas que terminaram o ensino médio.
Na Grande São Paulo, o número baixa para 38%. Enquanto isso, no interior do estado, somente 28% das pessoas ouvidas disseram que conhecem algum familiar vítima do golpe.