A gigante chinesa Baidu, dona do popular antivirus e de um dos principais serviços de busca do mundo, planeja lançar uma inteligência artificial para textos parecido com o ChatGPT da OpenAI, disse uma fonte familiarizada com o assunto. A empresa, que também detém o buscador mais usado na China, lançaria o modelo de IA em março deste ano. As informações são do site Bloomberg.

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Segundo o informante, o projeto ainda não tem nome oficial, mas funcionará com base num modelo de linguagem natural como o ChatGPT, oferecendo respostas robustas em chat. A plataforma tomaria como base o sistema Ernie, ferramenta de IA da Baidu em desenvolvimento há anos.

A Baidu investe bilhões de dólares no desenvolvimento de IA há um bom tempo, e a empresa nunca escondeu seu interesse no segmento. Em uma discussão interna em dezembro, o CEO da companhia, Robin Li, teria mencionado o ChatGPT como exemplo de objetivo comercial para a empresa.

“Estou tão feliz que a tecnologia que estamos pensando todos os dias pode atrair a atenção de tantas pessoas. Isso não é fácil”, disse o executivo segundo documento obtido pelo Bloomberg.

Interesse em IA

O trabalho da Baidu em inteligência artificial existe em várias áreas, incluindo a automotiva. Recentemente, a empresa apresentou um novo modelo de veículo totalmente autônomo, o Robo-02.

A compahia também opera um serviço de robotáxis, em que veículos automatizados levam consumidores de um ponto a outro em cidades como Xangai, Guangzhou e Shenzhen.

ChatGPT da China

Assim como no Brasil, as capacidades do ChatGPT chamaram a atenção do público chinês. As conversas estranhamente naturais com o chatbot impressionaram os usuários do país, sendo impulsionado pelas redes sociais. A Baidu, com a força que detém sobre o mercado local, poderia apresentar uma solução tão poderosa quanto, mas atendendo as exigências regulatórias da região.

O site Bloomberg tentou contato com representantes da Baidu, mas não obteve resposta. Se a ferramenta realmente for liberada em março, a companhia deve mencionar a IA pouco tempo antes — e pode ser que ela não chegue ao resto do mundo.

Fonte: Canaltech

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