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Azul faz acordo com empresas de leasing e ação salta mais de 50%

Azul

Por Gabriel Araujo

SÃO PAULO (Reuters) -A companhia aérea Azul divulgou nesta segunda-feira prejuízo líquido ajustado do quarto trimestre maior na comparação anual, mas disse que espera um desempenho melhor à frente graças a um acordo com os arrendadores de aeronaves para reduzir os pagamentos.

O anúncio fazia as ações da empresa dispararem mais de 50%, liderando as altas do Ibovespa e carregando consigo papéis da rival Gol, que avançavam cerca de 30% às 13h08.

A Azul afirmou mais cedo que o acordo deve permitir que seu fluxo de caixa seja positivo em 2024 e além, ao mesmo tempo em que projeta uma "redução significativa" no investimento em 2023 e nos anos seguintes.

"Olhando para 2023, estamos animados pelo forte ambiente de demanda e pelas importantes conquistas da nossa malha", afirmou o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, destacando que a empresa passou a oferecer rotas para Paris e Curaçao e elevará o número de voos para os Estados Unidos.

A Azul estimou receita recorde de 20 bilhões de reais e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também recorde de mais de 5 bilhões, aproximadamente 40% acima em comparação com os níveis pré-pandemia em 2019, acrescentou Rodgerson no material do balanço.

Isso ocorria apesar do prejuízo líquido ajustado de 610,5 milhões de reais para o quarto trimestre, alta de 40% sobre o desempenho negativo de um ano antes, segundo balanço.

A companhia apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de cerca de 1,1 bilhão de reais, crescimento de 6,9% sobre o mesmo período de 2021.

A receita líquida somou 4,45 bilhões de reais nos três meses encerrados em dezembro, avanço de 19,4% na mesma comparação.

Analistas do Itaú BBA afirmaram em relatório que os resultados da Azul vieram em linha com o esperado, reforçando tendências positivas de demanda e de preços de passagens aéreas.

"O ponto alto, porém, foi a reestruturação de dívida, que deve aliviar o fluxo de recursos relacionados aos leasings das aeronaves", disse Daniel Gasparete, do Itaú BBA. "Entretanto, notamos que a companhia não forneceu detalhes numéricos sobre cronograma de amortização e diluição de acionistas para entendermos potenciais desvantagens", acrescentou.

Por sua vez, o Goldman Sachs, que manteve recomendação "neutra" para as ações da Azul, afirmou a notícia da reestruturação de dívida "deve ser positiva para a companhia pois acreditamos que o risco de crédito vinha sendo um tema importante para o setor aéreo".

(Com reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr; edição Flávia Marreiro)