Autoridade da ONU é criticada após se reunir com russa procurada pelo Tribunal Penal Internacional
AMSTERDAM (Reuters) - Grupos de direitos humanos e o principal enviado judiciário dos EUA criticaram neste sábado uma reunião entre uma autoridade importante da ONU para crianças e a ombudsman de direito infantil da Rússia, que é procurada pelo tribunal mundial permanente para crimes de guerra.
Um mandado de prisão foi emitido em março pelo Tribunal Penal Internacional para Maria Lvova-Belova, acusada pelo procurador do Tribunal de crime de guerra por deportar centenas de crianças ucranianas para a Rússia.
Lvova-Belova disse em seu site na sexta-feira que teve uma reunião de trabalho com Virginia Gamba, representante especial do secretário-geral da ONU para crianças e conflitos armados, e que elas discutiram a proteção das crianças no conflito.
“A conversa acabou sendo construtiva e sincera - sem teor político”, disse Lvova-Belova. “Afinal de contas, estamos unidas por um senso de responsabilidade pessoal pela vida e segurança das crianças”.
Grupos de direitos humanos e a principal autoridade dos EUA para justiça global denunciaram a reunião.
“As vítimas ucranianas merecem ver Lvova-Belova atrás das grades em Haia, não se reunindo com uma autoridade de primeiro escalão da ONU”, disse Balkees Jarrah, diretor-associado do Programa de Justiça Internacional do Human Rights Watch.