Assistentes virtuais podem fazer compras sem autorização do usuário
Dispositivos são capazes de fazer aquisições por conta própria
Consumidores reclamam de prejuízos financeiros
As empresas não se pronunciaram sobre possíveis falhas nos sistemas
Não demorou para que a inteligência artificial começasse a causar prejuízos para quem usa. Assistentes virtuais como a Alexa, da Amazon, a Siri, da Apple, e o Google Assistente estão cada vez mais sendo utilizados ao redor do mundo e já estão ocasionando alguns problemas.
Um deles é quando a IA usa os dados armazenados para fazer compras por conta própria. Usuários da tecnologia estão relatando cada vez mais casos em que elas agem por conta própria, baseadas nos gostos e preferências de quem usa.
De acordo com o jornal O Globo, uma usuária da Siri relatou que a assistente virtual realizou uma compra de R$897,50 após utilizar o equipamento uma vez para organizar as compras para uma casa nova.
A Siri tem acesso aos meus dados e comprou de forma automática, sem eu solicitar. Acredito que tenha comprado por assimilação, já que há dois meses eu havia feito o mesmo pedido por comando de voz", afirmou a empresária Alana Villela ao jornal.
Procurada, a a Apple afirmou que todos os canais da companhia no Brasil podem ser acessados no site da empresa, mas não comentou sobre essa possível falha da assistente.
Especialistas explicam que as assistentes virtuais presumem o que o usuário deseja. Elas escutam o que os pessoas estão falando e estudam o comportamento. Isso pode resultar em casos como esse.
Isso pode ser agravado com as atualizações, que fazem com que os dispositivos não reconheçam mais os comandos.
Um levantamento recente realizado pelo grupo norte-americano de investimento Loup Ventures apontou que as assistentes virtuais não compreendem parte dos comandos. Em um teste de 800 perguntas, a Google Assistente respondeu 88% das consultas; já a Siri, 75%; e a Alexa, 72%.