Mercado fechado
  • BOVESPA

    100.998,13
    +75,24 (+0,07%)
     
  • MERVAL

    38.390,84
    +233,89 (+0,61%)
     
  • MXX

    52.652,65
    +727,04 (+1,40%)
     
  • PETROLEO CRU

    69,50
    +0,17 (+0,25%)
     
  • OURO

    1.945,60
    +4,50 (+0,23%)
     
  • Bitcoin USD

    28.061,51
    +255,73 (+0,92%)
     
  • CMC Crypto 200

    612,63
    +7,58 (+1,25%)
     
  • S&P500

    4.002,87
    +51,30 (+1,30%)
     
  • DOW JONES

    32.560,60
    +316,02 (+0,98%)
     
  • FTSE

    7.536,22
    +132,37 (+1,79%)
     
  • HANG SENG

    19.258,76
    +258,05 (+1,36%)
     
  • NIKKEI

    26.945,67
    -388,12 (-1,42%)
     
  • NASDAQ

    12.868,25
    +1,00 (+0,01%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    5,6372
    +0,0148 (+0,26%)
     

Appy prevê que reforma tributária pode ser aprovada este ano, governadores defendem debate "sem açodamento"

Moedas de 1 real

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) -O secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou nesta sexta-feira que está otimista com a possibilidade de a reforma tributária ser aprovada ainda este ano no Congresso ao avaliar que o ambiente em torno da pauta é o melhor em mais de 30 anos.

Em evento com governadores dos Estados do Sul e Sudeste na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, Appy disse que a área técnica do governo está dando insumos e subsídios ao Congresso para aprovar a melhor reforma possível, e que o desafio político de garantir a aprovação não é subestimado.

"Mas, por outro lado, estamos no ambiente político mais favorável desde a Constituinte por conta da percepção da sociedade e das empresa de que o sistema atual não é mais viável", disse o secretário a jornalistas.

Governadores do Sul e do Sudeste, reunidos para o Cosud (consórcio que reúne os Estados das duas regiões), afirmaram que há boa vontade em torno da aprovação da reforma, mas deixaram claro que o tema precisa ainda ser bastante debatido e que há questões em aberto, como regras para fundos de desenvolvimento regional e, eventualmente, compensações.

"O clima é de otimismo, mas sem açodamento. Não vamos com qualquer coisa rapidinho, afirmou o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

Na mesma linha, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o ambiente é favorável à reforma, mas que há ainda questões a serem discutidas com os Estados. “Há dúvida com relação aos fundos de desenvolvimento, sobre a divisão do bolo tributário e até um desconforto com isso …temos compromisso de preservar a capacidade de investimentos dos Estados e não dá para imaginar que vai ser uma aprovação a jato e express. Tem que ter absoluta segurança que está sendo feito o melhor“, afirmou.

Segundo Appy, a expectativa é de que a primeira etapa da reforma, focada na criação de um imposto sobre consumo, seja apreciada na Câmara em maio, seguindo depois para o Senado, onde o prazo de votação ainda está indefinido.

"Do ponto de vista do Executivo, quanto mais rápido melhor (aprovar), mas temos que respeitar o tempo político. Acho até que seja viável antes do fim do ano."

Appy disse que as PECs 45 e 110, que tramitam na Câmara e no Senado, respectivamente, são uma boa base para a discussão da reforma tributária a ser conduzida pelo Congresso.

Em apresentação no evento, Appy reiterou que a ideia é implantar um IVA (imposto sobre valor agregado) com cobrança no destino e eliminando a cumulatividade. Também será criado um imposto seletivo para produtos como fumo e bebidas alcoólicas.

A segunda etapa da reforma visará mudanças na tributação na renda e sobre folha de pagamentos, disse Appy.

Para o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se a reforma tributária conseguir trazer simplificação "já é um avanço extraordinário”. “O Brasil tem postergado reformas importantíssimas e nosso Legislativo fica cima de reformas pequenas", disse.

(Por Rodrigo Viga Gaier; edição de Luana Maria Benedito, Eduardo Simões e Isabel Versiani)