Apple é investigada por forma como trata os funcionários
Órgão do governo americano abriu investigação contra a gigante da internet
Ashley Gjøvik fez uma denúncia contra a Apple, de acordo com reportagem do FT
Movimento #AppleToo mostra descontentamento dos funcionários com a companhia
A Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) dos Estados Unidos está investigando a Apple. O Financial Times relatou a investigação pela primeira vez na segunda-feira (13), depois de ver uma carta enviada ao denunciante da Apple, Ashley Gjøvik, pelo Departamento do Trabalho. A carta era datada de 10 de dezembro e confirmava a investigação, de acordo com o Financial Times.
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O Departamento do Trabalho confirmou posteriormente ao The New York Times na segunda-feira (13) que abriu uma investigação sobre a Apple. De acordo com o The Times, o programa de proteção de denúncias da OSHA conduzirá a investigação. O FT informou que a investigação analisará se a Apple retaliou contra Gjøvik.
Gjøvik disse ao The Times que ela havia entrado com uma queixa contra a Apple "para garantir que a Apple saiba que não pode se safar com retaliação contra mim por exercer meus direitos protegidos pelo governo federal e pelo estado".
Gjøvik disse que foi demitida da Apple depois de entrar com queixas trabalhistas e criticar publicamente a empresa por questões que incluem assédio. Gjøvik disse que também levantou preocupações sobre potenciais produtos químicos tóxicos no prédio de escritórios onde trabalhava. Em uma declaração ao The Times e ao FT, a Apple disse estar "profundamente comprometida em criar e manter um ambiente de trabalho positivo e inclusivo". A Apple disse a ambas as publicações que não discute assuntos individuais dos funcionários.
Movimento #AppleToo mostra descontentamento dos funcionários
A Apple enfrentou inquietação crescente dos funcionários este ano. Em agosto, 15 funcionários criaram um site chamado #AppleToo para colegas de trabalho compartilharem histórias de assédio e discriminação na empresa. Gjøvik não é o único funcionário da Apple a acusar a empresa de retaliação.
Janneke Parrish, um dos membros fundadores da AppleToo, entrou com uma queixa no National Labor Relations Board em novembro, dizendo que ela foi demitida por "razões falsas e pretextuais". A ex-funcionária da Apple Cher Scarlett, que fazia parte da AppleToo e fazia campanha por igualdade de remuneração enquanto estava na empresa, também entrou com uma queixa no NLRB em setembro.
Bloomberg fez uma reportagem em novembro que Scarlett havia chegado a um acordo com a empresa e planejava retirar sua reclamação. Em dezembro, a Forbes relatou que Scarlett decidira não retirar sua reclamação contra o NLRB.