Apple e Google podem ser investigadas por rastreamento de dados
Legisladores querem que a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos investigue a Apple e o Google por rastreamento de celular;
O objetivo é que a comissão investigue o "papel da Apple e do Google na transformação da publicidade" por meio da coleta desenfreada de dados;
Carta enviada ao FTC aponta que Google e Apple poderiam achar a localização de mulheres que fizeram ou planejam fazer aborto.
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) pode investigar as empresas Apple e Google por venda de informações pessoais dos usuários, após pedido de averiguação de um grupo de senadores e deputados.
Os quatro responsáveis pela solicitação de investigação, segundo o jornal norte-americano The Wall Street Journal, disseram que as gigantes da tecnologia "facilitaram conscientemente” as “práticas prejudiciais ao incorporar IDs de rastreamento específicos de publicidade em seus sistemas operacionais mobile".
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Eles também afirmaram que a Apple já realizou mudanças no sistema, mas que os identificadores possibilitaram um mercado não regulamentado de corretores de dados até há pouco tempo.
O objetivo é que a comissão investigue o "papel da Apple e do Google na transformação da publicidade em um intenso sistema de vigilância que incentiva e facilita a coleta desenfreada e a venda constante de dados pessoais dos americanos"
Na carta enviada ao FTC, um exemplo relaciona a venda de dados com a reversão do direito constitucional do aborto das mulheres estadunidenses.
Aparentemente, ambos os promotores de estado e agentes privados poderiam utilizar dados de localização coletados e negociados por Google e Apple para achar localização dessas cidadãs que fizeram ou planejam fazer aborto.