Após suspensão de Trump, Bolsonaro divulga rede usada por extremistas nos EUA
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convidou seus seguidores a entrarem no Parler, rede social suspensa pelo Google na última sexta-feira (8), após Donald Trump ter sido banido do Twitter, Facebook e Instagram, entre outras páginas, como punição por estimular a invasão de extremistas ao Congresso norte-americano no dia da certificação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial.
O aplicativo, utilizado por grupos de direita e conservadores que apoiam Trump, facilita a circulação de fake news. A rede social é semelhante ao Twitter, mas com menos regulamentação de políticas de uso. Há menos moderação sobre conteúdos considerados ofensivos e sem checagem de fatos.
Leia também
O Parler foi suspenso da Google Play até que resolva os problemas que violam as suas políticas, “incluindo permitir aos usuários postar ameaças a autoridades eleitas e planos para organizar a marcha de quarta-feira que terminou com invasão ao Capitólio”, informou o Google, em nota. A Apple ameaçou retirar o aplicativo de sua loja virtual caso o aplicativo não altere suas políticas de moderação.
Estou também no Parler
Find me on Parler@ernestoaraujo pic.twitter.com/wXKNDsZLkV— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) January 9, 2021
Bolsonaro e seus filhos têm contas no Parler desde o ano passado. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, avisou que irá abrir conta no Parler. Antes, no Twitter, ele falou em “liberdade de expressão”, reproduzindo trechos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Ela define parâmetros de auto mensuração, comercializa os dados dos clientes e lhes impõe filtros e conteúdos.
E, agora, infelizmente, com o banimento de Trump, mostra que não está à altura do desejo universal de liberdade, democracia e de livre circulação de ideias.— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) January 9, 2021
O chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação), Fabio Wajngarten, se manifestou em sua conta de Twitter sobre o banimento a Trump, dizendo ser “paradoxal e inaceitável”.