Apartamento de luxo em BH funcionava como central do ‘golpe do motoboy’
(Getty Images)
Polícia descobre que apartamento de luxo era usado como central do 'golpe do motoboy'
Criminosos foram presos no local e estima-se que tenham dado prejuízo de R$ 250 mil às vítimas
O golpe consiste em enganar a pessoa até que ela entregue o chip do cartão a um motoboy
Uma quadrilha que roubou mais de R$ 250 mil por meio do “golpe do motoboy” estava usando um apartamento de luxo, em Belo Horizonte, como central das operações. Eles pagavam cerca de R$ 4 mil por mês de aluguel.
“Foi localizada uma grande central. Havia pelo menos cinco notebooks ligados a aparelhos eletrônicos para simular a secretária eletrônica de bancos e operadoras de cartão de crédito. Foram localizadas várias máquinas de cartão de crédito, que os autores usavam para fazer compras com esses cartões das vítimas”, disse o delegado Wesley Campos, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8).
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A quadrilha, composta por três homens e uma mulher, foi presa nesta quarta-feira (6) após ser surpreendida no apartamento. Os criminosos se passavam por instituições financeiras a fim de extorquir as vítimas e contavam até mesmo com gravações eletrônicas de bancos e operadoras de cartão de crédito para dar maior veracidade à situação.
De acordo com as informações de Raquel Freitas, do G1, o grupo havia aplicado um golpe, no mesmo dia em que foi preso, em um senhor de 78 anos. Ele perdeu R$ 94 mil. Até o momento, oito vítimas foram identificadas.
O Golpe
A quadrilha ligava para as vítimas fingindo ser de um banco ou operadora de cartão de crédito. Na conversa, alertava que o cartão da pessoa havia sido clonado ou que foram feitas compras que ela não reconhece. A partir disso, orientava o cliente a ligar no banco, mas não desligava a ligação.
A vítima, então, achava que estava em contato com a instituição financeira, e ouvia gravações pedindo para digitar a senha do banco. Depois, uma pessoa atendia e a orientava a destruir o cartão, mas preservar o chip.
Por fim, um motoboy passava na casa da pessoa, fingindo ser funcionário da instituição, para retirar o chip do cartão. Com ele, fazia saques e transferências.