Alta do material escolar assusta e deve chegar a 30% em 2022
Escolas estão correndo atrás do prejuízo, de acordo com economista
Segundo coordenador do Ibre, aumento segue tendência mundial pós-pandemia
Confira algumas dicas para reduzir gastos de material escolar
O brasileiro não tem sossego. Nem a celebrada volta às aulas - após quase dois anos de interrupções e ensino online, à distância, por conta da pandemia - escapou das notícias ruins. Isso porque o material escolar, num geral, deve ter alta de preços de cerca de 30%. De acordo com a associação de fabricantes de setor, reajuste se deve por conta da influência do dólar no no custo de matérias-primas importadas pela indústrias. Reflexo do já citado COVID-19, segundo André Braz, coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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Tendência mundial
Em entrevista ao portal Estado de Minas, Braz destacou que tais reajustes não estão fora do que já era esperado - apesar de acima da inflação -, por acompanharem uma tendência mundial. Ainda segundo o coordenador do Ibre, ao mesmo tempo que as escolas cobraram menos durante a pandemia, onde houve diminuição na estrutura de custos, agora elas têm o direito de "recuperar o tempo perdido", sem que isso esteja na prateleira de uma estratégia perversa.
Aumento de custos
Já de acordo com o economista e empresário José Kobori, também em entrevista ao portal mineiro, esse aumento do material escolar também se deve ao aumento de custos das escolas - que teve de reajustar o salário de todos os funcionários seguindo a inflação. Além, é claro, de terem sido "obrigadas" (nem todas) a reduzir os valores de mensalidades durante o ano de 2020. Por conta disso, todos estes fatores acabaram influenciando no aumento do material escolar - que deve ter um acréscimo de cerca de 30%, segundo estimativa da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae).
Como reduzir os gastos
Para André Braz, da FGV, há maneiras inteligentes de se reduzir alguns gastos e se adequar à esse aumento um tanto quanto inesperado. O primeiro deles seria reaproveitar o material do último ano, que ainda estejam em boas condições. Depois, pode-se evitar materiais de marcas associadas a personagens, optando por um mais genérico, que possam ser customizados - os que estão atrelados a histórias infantis ou personalidades acabam ficando mais caros por envolverem custo extra de direitos autorais.