BENGALURU (Reuters) - O governo da Alemanha sinalizou seu apoio à nomeação de Ajay Banga para presidir o Banco Mundial, com o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, chamando a indicação feita pelos Estados Unidos de uma proposta "muito notável" nesta sexta-feira.

O presidente dos EUA, Joe Biden, nomeou o ex-CEO da Mastercard Inc Ajay Banga como candidato para liderar o Banco Mundial na quinta-feira, apostando que os laços do executivo indiano com o setor privado e os mercados emergentes impulsionarão a reforma da instituição de 77 anos para lidar melhor com as mudanças climáticas.

Falando à margem de uma reunião de líderes financeiros do G20 na cidade indiana de Bengaluru, Lindner destacou a experiência no setor privado de Banga como sendo potencialmente útil na mobilização de mais investimento privado para a transformação da economia e para projetos de desenvolvimento.

O ministro das Finanças acrescentou que a Alemanha seguirá a indicação com "grande atenção" e expressou "simpatia" pela proposta. O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, também já havia mostrado apoio à indicação de Banga.

O Banco Mundial disse na quarta-feira que espera selecionar um novo presidente até o início de maio para substituir David Malpass, que anunciou sua renúncia na semana passada após meses de controvérsia provocada por sua recusa inicial em dizer se aceitava o consenso científico sobre as mudança climáticas, e pressão pela secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, para que ele adotasse reformas "mais ousadas".

(Reportagem de Christian Kraemer)