Acionistas do Twitter se reúnem em meio a incertezas com Musk
Rede social tem sido pressionada por acionistas para resolver acordo com Musk;
Bilionário fez a oferta pelo Twitter no último mês, mas tempos depois voltou atrás;
Empresa disse que continua comprometida com o acordo pelo preço anunciado.
O Twitter vai promover sua anual reunião de acionistas nesta quarta-feira (25). O clima para a rede social não é dos melhores, já que permanecem as dúvidas sobre a conclusão de acordo para venda da companhia ao bilionário Elon Musk no preço acertado.
A compra, acertada em cerca de R$ 200 bilhões, foi "temporariamente suspensa" por Musk enquanto o bilionário aguardava por mais informações sobre a proporção de contas falsas no Twitter. A empresa disse na semana passada que continua comprometida com o acordo pelo preço anunciado.
Com R$ 1 trilhão, Elon Musk é eleito o homem mais rico do mundo
Elon Musk diz que vai reverter a exclusão de Trump no Twitter
Essa notícia não deixou os acionistas nada felizes e as ações do Twitter fecharam na última terça-feira (24) em US$ 35,76 cada, representando um desconto de 34% em relação ao preço proposto por Musk de US$ 54,20 por ação.
A assembleia anual vai contar com uma sessão de perguntas e respostas, mas um porta-voz do Twitter disse que a empresa não responderá perguntas relacionadas ao negócio. Os investidores do Twitter devem votar cinco propostas de acionistas, que incluem pedir à empresa que produza um relatório sobre seu impacto nos direitos civis e outro sobre suas atividades de lobby.
Musk citou a erradicação das contas falsas e a transparência dos usuários como questões centrais para a compra do Twitter, uma operação para a qual ofereceu 44 bilhões de dólares no mês passado.
Compra questionada
Ao anunciar o acordo no fim de abril, o CEO da Tesla disse que queria transformar a rede social em algo "melhor do que nunca", "derrotando os bots de spam e com a autenticação de todos os humanos".
Dados confiáveis sobre o número de usuários são considerados vitais para avaliar as futuras fontes de receita da empresa. Sua possível administração da rede social registrou problemas desde que anunciou publicamente a tentativa de compra.
O bilionário disse que é favorável a minimizar a moderação de conteúdo e ao retorno de Donald Trump à plataforma. O ex-presidente americano foi expulso do Twitter e de outras redes sociais após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Grupos de ativistas pediram que os anunciantes boicotassem a plataforma se Musk abrisse as portas para publicações abusivas e de desinformação.