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A droga do amor: o melhor tratamento para casais em crise

Essa terapia, embora controversa, pode salvar seu relacionamento.

Quando alguém do universo médico ou científico diz que não há problema em usar drogas (certos medicamentos) para resolver um problema, isso desencadeia uma comoção e tanto na sociedade. Por esse motivo, encare com positividade e cautela o que estamos prestes a dizer, certo?

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E lá vai a bomba: o ecstasy pode ter um efeito muito positivo na sua vida amorosa.

O verdadeiro nome dessa substância é metilenodioximetanfetamina (MDMA). Ela age como um soro da verdade e é um poderoso desinibidor, que pode fazer você se soltar para valer.

Nós explicamos. Em um determinado contexto (e sob a supervisão de um médico), o consumo dessa droga ajuda as pessoas a serem mais abertas e liberais, promovendo pensamentos profundos e pessoais, além de fortalecer a capacidade de análise.

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Os resultados indicam que, sob a influência do ecstasy, as pessoas têm uma maior capacidade de criar laços emocionais, se mostram mais empáticas e ficam menos na defensiva. (Foto: Getty Images)

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Um estudo conduzido por Katie Anderson, pesquisadora de ciências aplicadas na Universidade de Southbank, em Londres, sugere que essa substância pode ajudar casais a discutir certos assuntos “sem medo”.

O relatório, publicado pelo Journal of Psychopharmacology, garante que o ecstasy pode gerar uma imensa elevação espiritual e energética, causando uma “aconchegante” sensação de relaxamento.

No estudo, Anderson entrevistou casais com idades entre 24 e 60 anos que usaram a droga juntos pelo menos cinco vezes. Essas pessoas descreveram como ela influenciou seus relacionamentos. Na primeira fase, 10 casais foram entrevistados. Na segunda, ele analisou os dados e realizou entrevistas individuais.

Todos afirmaram sentirem-se mais emocionalmente vulneráveis e abertos por causa da droga. O ecstasy gera “relaxamento e desinibição”, disse um dos casais. “Os sentimentos que ficam dentro de uma ‘bolha’ são liberados durante o efeito”.

Se tivéssemos que definir essa droga (parafraseando os peritos da área), ela é uma substância com um efeito sensual, não necessariamente sexual, e perigoso, uma vez que abrange uma vasta gama de sensações humanas, experiências e paixões.

E é exatamente por isso que ela incentiva a introspecção e permite que as pessoas se sintam mais próximas dos entes queridos, dizem os pesquisadores. Os benefícios aparecem em um nível sentimental, não físico.

Essa pesquisa descobriu aplicações terapêuticas para a assim chamada “droga do amor”. Ela funciona como uma “penicilina da alma”, que ajuda os casais a superarem problemas, tratarem de temas complexos como traumas, memórias que bloqueiam o bom andamento da vida sexual e confessar infidelidades ou fantasias.

“Há casos de psicoterapia assistida com ecstasy que geraram bons resultados, facilitando conversas que eram difíceis ou impossíveis entre casais. Graças à terapia, essas conversas passam a surgir de maneira orgânica e natural”, comentaram alguns dos envolvidos na pesquisa.

Os cientistas perceberam que a resposta emocional de pessoas que usam o ecstasy são muito mais profundas. Essas pessoas também estão sujeitas a uma grande vulnerabilidade emocional. Para resolver certos problemas, realmente é preciso quebrar barreiras e colocar a boca no trombone.

O tratamento terapêutico com a droga ainda não existe na Espanha, mas os estudos abrem uma porta para essa possibilidade no futuro.

“Daqui a dez anos, ninguém estranhará se você disser que está fazendo psicoterapia assistida com ecstasy”, conclui Anderson. “As evidências científicas apontam a segurança e a eficiência desse tratamento.”

Mónica de Haro