Mercado fechado

4 fatores que podem aumentar o risco de covid longa

  • Opa!
    Algo deu errado.
    Tente novamente mais tarde.
·3 min de leitura
Neste artigo:
  • Opa!
    Algo deu errado.
    Tente novamente mais tarde.

A covid-19 Ă© uma doença que ainda reserva alguns mistĂ©rios e perguntas sem respostas para a ciĂȘncia, principalmente quando o tema sĂŁo as sequelas da infecção pelo coronavĂ­rus SARS-CoV-2. Isso porque pouco se sabe sobre o que leva as pessoas a desenvolverem quadros de covid longa. Agora, pesquisadores da Universidade de Washington e de outras instituiçÔes de pesquisa descobriram quatro fatores que podem aumentar esses riscos.

Publicado na revista cientĂ­fica Cell, o estudo acompanhou mais de 200 pacientes, entre dois a trĂȘs meses, apĂłs o diagnĂłstico da covid-19. Foram coletadas amostras de sangue e zaragatoas (cotonetes) nasais desses voluntĂĄrios que foram atendidos em ambulatĂłrios, mas nĂŁo necessariamente passaram por internação hospitalar. As coletas foram feitas entre 2020 e o inĂ­cio de 2021.

Pesquisa investiga fatores que aumentam o risco da covid longa (Imagem: Reprodução/Fusion Medical Animation/Unsplash)
Pesquisa investiga fatores que aumentam o risco da covid longa (Imagem: Reprodução/Fusion Medical Animation/Unsplash)

A partir das anĂĄlises de amostras dos voluntĂĄrios, os cientistas identificaram fatores biolĂłgicos que podem ajudar a prever se uma pessoa desenvolverĂĄ a covid longa ou nĂŁo. A seguir, confira os 4 fatores de risco:

  • Carga viral do coronavĂ­rus;

  • Presença de autoanticorpos;

  • Reativação do vĂ­rus Epstein-Barr (EBV);

  • Diabetes tipo 2.

Entenda os fatores de risco da covid longa

De acordo com os pesquisadores, um dos quatro fatores de risco para a covid longa Ă© o nĂ­vel de RNA do coronavĂ­rus no sangue no inĂ­cio da infecção. Este Ă© um indicador de carga viral, sĂł que nĂŁo Ă© o Ășnico sinal. Por isso, mesmo pessoas com baixa carga viral podem apresentar as sequelas da covid-19.

Outra questĂŁo de risco Ă© a presença de determinados autoanticorpos, ou seja, anticorpos que atacam "erroneamente" o prĂłprio organismo do paciente. Esses tipos de anticorpos sĂŁo comuns em pessoas com lĂșpus e artrite reumatoide, por exemplo.

Segundo os cientistas, um terceiro fator de risco Ă© a reativação do vĂ­rus Epstein-Barr (EBV). O agente infeccioso Ă© conhecido por causar a mononucleose, tambĂ©m conhecida como "doença do beijo". Recentemente, um outro estudo propĂŽs que a infecção pode ter relação com a esclerose mĂșltipla em alguns pacientes.

Por fim, o quarto fator Ă© a presença de diabetes tipo 2. No entanto, os autores alertam para a necessidade de mais estudos investigarem e, no futuro, confirmarem essa relação. Isso porque este Ă© um estudo pequeno e envolveu exatos 209 participantes. AlĂ©m disso, pode ser que a condição seja apenas uma das vĂĄrias — mas ainda desconhecidas — que aumentem o risco da covid longa.

Mais estudos sobre sequelas

Diabetes tipo 2 e carga viral elevada podem gerar sequelas da covid-19 (Imagem: Reprodução/Tataks/Envato)
Diabetes tipo 2 e carga viral elevada podem gerar sequelas da covid-19 (Imagem: Reprodução/Tataks/Envato)

“Realizamos essa pesquisa, porque sabemos que os pacientes vĂŁo aos mĂ©dicos e eles dizem que estĂŁo cansados o tempo todo ou o que quer que seja, e o mĂ©dico apenas diz para eles dormirem mais. Isso nĂŁo Ă© muito Ăștil. EntĂŁo, querĂ­amos realmente ter uma maneira de quantificar e dizer que hĂĄ realmente algo errado com esses pacientes”, explicou o cientista e um dos autores do estudo, Jim Heath, para o jornal The New York Times.

Além do cansaço, pacientes com a covid longa podem apresentar dores de cabeça, névoa mental, falta de ar e dificuldades para dormir (ansiedade). Essas sequelas podem durar por pelo menos 8 meses, dependendo do paciente.

No momento, a covid longa é uma complicação ainda desconhecida e hå pouco o que fazer para acelerar a recuperação dos pacientes. Com mais conhecimento sobre o tema, é possível auxiliar e acelerar a melhora clínica dos doentes.

“Esta pesquisa enfatiza a importĂąncia de fazer mediçÔes no inĂ­cio do curso da doença para descobrir como tratar os pacientes, mesmo que ainda nĂŁo saibamos como vamos usar todas essas informaçÔes”, destacou Heath. “Uma vez que vocĂȘ começa a medir algo, entĂŁo vocĂȘ pode começar a fazer algo sobre isso”, completou.

Fonte: Canaltech

Trending no Canaltech:

Nosso objetivo Ă© criar um lugar seguro e atraente onde usuĂĄrios possam se conectar uns com os outros baseados em interesses e paixĂ”es. Para melhorar a experiĂȘncia de participantes da comunidade, estamos suspendendo temporariamente os comentĂĄrios de artigos