2022 bate recorde com mais de 146 bilhões de ataques cibernéticos
2022 foi o ano em que os ciberataques explodiram, com um total de 146 bilhões de tentativas de golpe registradas em todo o mundo ao longo do ano. O total, que é recorde, representou um aumento de 55% em relação aos 94 bilhões de incidentes em 2021, um número que também representa o maior já observado pelos especialistas da Trend Micro.
Em seu novo relatório de ameaças, a empresa de cibersegurança cita tendências já amplamente conhecidas como vetor para esse aumento que deve ser ainda maior. A pandemia da covid-19, assim como a adoção de regimes híbridos ou de home office pelas corporações do mundo, segue sendo o grande responsável por uma mudança no cenário de ameaças e pela quantidade cada vez maior de ataques registradas ano após ano.
Mudou, também, a forma como os bandidos lidam com os golpes realizados. O ransomware, por exemplo, deixou de ser uma ameaça disseminada em massa para ganhar espaço com ataques direcionados; assim, se tornaram mais perigosos, mas também menos comuns, com 15,7 milhões de incidentes registrados em 2022. O total é 12% maior que o do ano anterior, mas passa longe dos números de 2016, quando esse tipo de ofensiva ultrapassou a casa do bilhão.
“Os ataques de ransomware estão cada vez mais direcionados e sofisticados. Segurança precisa ser tratada como investimento por todas as companhias, que devem se antecipar aos criminosos”, aponta Cesar Candido, diretor geral da Trend Micro Brasil. Para ele, a adoção de ferramentas de controle e práticas de proteção é essencial para garantir a defesa do ambiente digital.
Esse alerta é importante, principalmente, para os setores mais afetados por golpes de sequestro digital. Em 2022, governos, indústrias, saúde e finanças foram os segmentos com maior número de ataques, mantendo algumas tendências dos anos anteriores mas com uma mudança importante: os bancos deixaram o top 5. Para os especialistas, isso está relacionado aos protocolos de segurança avançados adotados por tais organizações.
Fraudes de CEO no topo da lista de ameaças
Saem os ransomwares, entram os golpes por e-mail, que vem apresentando crescimento contínuo e explosivo. Em três anos, houve aumento de 365% nos golpes que visam o comprometimento de contas corporativas de correio eletrônico, com 253 milhões de incidentes em 2022 e um recorde para a categoria.
O golpe do falso CEO, com bandidos se passando por executivos-chave das companhias, foi o mais comum. Entre os países mais atingidos por esse tipo de fraude estão os de língua inglesa, com destaque para os Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
Fonte: Canaltech
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