Google, Meta e Amazon se beneficiarão da guerra na Ucrânia, diz executivo
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Segurança digital se tornou ainda mais importante após o início da guerra da Ucrânia;
Defesa cibernética faz gigantes digitais ganharem ainda mais espaço;
As três empresas afirmam que seus sistemas de segurança cibernética são líderes mundiais.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode estar beneficiando três das maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos, pelo menos é isso o que acredita Martin Sorrell, fundador e presidente da empresa de mídia S4 Capital. Segundo ele, a necessidade de defesa cibernética ajuda Amazon, Google e Meta a se tornarem ainda mais importantes.
“Estou muito otimista com os gigantes da tecnologia... porque a guerra terá um impacto sobre eles”, disse Sorrell à emissora norte-americana CNBC no Fórum Econômico Mundial em Davos nesta segunda-feira (23).
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Explicando seu raciocínio, Sorrell argumentou: “Defesa significa defesa cibernética e ofensa cibernética, então a tecnologia e as empresas tecnológicas se tornam realmente importantes”.
Sorrell não chegou a dizer exatamente como o Google, Meta e Amazon poderiam se beneficiar disso, mas todas as três empresas afirmam que seus sistemas de segurança cibernética são líderes mundiais. Google e Amazon também fornecem infraestrutura de computação em nuvem que governos e empresas podem aproveitar na guerra cibernética.
Guerra digital
Além dos conflitos armados no mundo físico, o mundo digital também tem um grande peso na guerra na Ucrânia. O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, disse que o site oficial da embaixada (que fica sob a estrutura de internet do governo ucraniano) e o e-mail dos funcionários estavam fora de operação devido a "ataques cibernéticos maciços".
Em outro momento, quatro importantes websites - dois ligados às forças militares e dois pertencentes ao sistema bancário do país - sofreram um ataque conhecido como DDoS (Distributed Denial of Service ou, em inglês, ataque distribuído de negação de serviço).
Outra investida foi o envio em massa de mensagens SMS aos celulares da população ucraniana dizendo que todos os caixas eletrônicos no país estavam inoperantes para saque - uma informação falsa. Desde a anexação da Crimeia em 2014 os russos vêm desenvolvendo competências de ponta no âmbito de ciberataque e ciberdefesa.
Países com pouca infraestrutura tecnológica ou que não desenvolvem de forma eficiente esquemas de defesa online estarão mais vulneráveis nesse novo cenário.