Entenda por que frutas, verduras e legumes estão tão caros
(Getty Images)
Frutas, legumes, tubérculos e hortaliças são 18 dos 20 itens mais caros deste ano;
Cenoura é a vilã, com alta de 150%;
Chuvas de verão e aumento no diesel explicam o cenário de inflação.
Depois da alta das carnes, cujos preços dispararam em 2021, foi a vez de frutas, legumes, tubérculos e hortaliças pesarem no bolso do consumidor. Dos 20 itens que ficaram mais ‘salgados’ neste ano, 18 fazem parte destas categorias.
A informação foi divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11) e não é difícil confirmá-la no dia a dia. O quilo da cenoura superou os R$ 12, sofrendo alta de 150%. Em seguida, aparecem o repolho (76%), a batata-inglesa e a abobrinha, ambas com 68% de aumento. As informações são do O Globo.
Mas o que explica essa alta nos preços?
As chuvas de verão, que todos os anos prejudicam as colheitas e, consequentemente, encarecem os alimentos, ganharam um companheiro a mais em 2022 para impactar os preços: o aumento do diesel.
Em meio aos reajustes aplicados pela Petrobras, o combustível teve alta média de 19% neste ano e apareceu na lista do IBGE ao lado dos hortigranjeiros. Com isso, o transporte ficou mais caro e o frete, que sempre foi um peso forte na composição dos preços, se tornou um novo vilão.
“Quanto mais barato o produto for, maior é o impacto do frete. No caso da cebola, que custa pouco e tem valor agregado pequeno, o valor do frete é grande”, explica André Braz, economista da FGV Ibre, ao O Globo.
Apesar das chuvas diminuírem nos próximos meses, a pressão do diesel não deve cessar tão cedo. Dessa forma, os alimentos até podem ficar mais baratos, mas dificilmente retornarão ao patamar de preços praticado no ano passado.