Carro popular pode ficar R$ 11 mil mais caro com alta nos juros
Financiamento do carro popular ficou mais caro com alta na taxa de juros
Movimentação da Selic é usada como estratégia para conter a inflação
Cartão de crédito e cheque especial também sentiram os efeitos da elevação
Já cada vez mais difícil ter um carro no Brasil. Além do aumento constante nos preços dos combustíveis, a escalada das taxas de juros também dificultam a vida de quem pretende financiar um automóvel.
Um cálculo realizado a partir das s projeções da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), mostra que os motoristas que panejam comprar o veiculo popular em 2022 vão precisar desembolsar R$ 11 mil a mais do que há um ano e meio para quitar a compra.
Isso porque a 11ª elevação seguida da taxa Selic alterou de 1,34% para 2,03% a taxa mensal de juros para financiar um carro.
Ou seja, um veículo de R$ 40 mil em 60 prestações passou a custar R$ 69.545,53. Em março do ano passado, o valor era de R$ 58.465,40. Essa variação é sentida nas parcelas R$ 184,67 mais caras, que passaram de R$ 974,42 para R$ 1.159,09.
Outras modalidades de crédito foram afetadas
O mercado financeiro utiliza a taxa básica de juros da economia como ferramenta política para conter a inflação. Com o encarecimento do crédito, os consumidores consomem menos, o que reflete em bons números para o governo.
Não é só o financiamento que ficou mais caro. A Selic também afeta o rotativo do cartão, fazendo com que as pessoas paguem uma taxa de 13,83% ao mês. Já no cheque especial, os consumidores que utilizam o recurso de R$ 1.000 por 20 dias chegam a pagar R$ 53,20 (7,94% ao mês) pelo empréstimo.