Sete coisas que você precisa saber antes de ir num banheiro japonês

O que fazer quando se está no meio do mato e dá aquela vontade incontrolável de ir ao banheiro? Opção 1 - fazer o que tem que ser feito nas calças. Opção 2 - ficar de cócoras (principalmente no caso das mulheres) e botar pra fora o que não dá mais para ficar dentro. No Japão esse jeito supernatural de atender ao chamado da natureza é usado dentro de muitos banheiros, equipados com vaso de chão (foto). Ele parece um mictório, só que na horizontal, e o jeito certo de usá-lo é ficando de frente para a parte mais alta do vaso, e não de costas. Dependendo de quanto tempo você vai levar no banheiro, a posição pode ser mais desafiadora do que exercício localizado na academia. Quando tem encanamento perto da parede, até rola de se equilibrar. Mas quando não tem…bora tornear as pernas. (Imagem: Flickr_Matt Perreault)

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Prefere fazer as suas necessidades com menos contorcionismo? Então o vaso sanitário eletrônico é ideal para você. Os mestres dos robôs instalaram nele um monte de botões que revolucionaram a “hora do troninho”. Está constrangido com o barulho que sua ida ao banheiro pode causar? É só ligar o alto-falante que emite som pra disfarçar o ruído dedo-duro. Está muito frio? O assento esquenta. Precisa de uma ducha higiênica? Aperte um botão e tudo estará limpo. Para uma “limpeza mais pesada”, acione o modo “turbo”. Por razões óbvias, faça tudo isso sentado no vaso ou o piso é que vai levar um banho. E aí para secar, vai ser um trabalhão. Já para se secar, o esforço é mínimo. Também tem opção do tipo secador de cabelo. Um alerta: use uma vez um vaso como este e a experiência em qualquer outro banheiro vai ser frustante. (Imagem: Flickr_Maya-Anaïs Yataghène)

Olhe que ideia simples e genial: tem muito vaso sanitário no Japão com um lavatório instalado em cima, tudo numa peça só. Assim, toda vez que alguém abre a torneira da pia para lavar a mão, a água vai para o reservatório da descarga. E o que antes ia embora literalmente ralo abaixo, é reaproveitado e usado novamente quando a descarga é acionada. Economia que faz bem para a natureza e para o bolso também. (Imagem: Flickr_einalem)

Se você já viu chinelos perto do chuveiro da casa da sua avó, talvez não estranhe quando se deparar com um par deles nos banheiros japoneses. Só que lá eles não são usados pra evitar que velhinho leve um tombo, não, mas sim por higiene - o que significa que a sua avó e você vão ter que vesti-los. Por quê? Bem, por mais cuidado que se tenha, vai dizer que banheiro não é um lugar sujo? Como japonês faz questão de separar a sujeira da limpeza - sapato usado na rua jamais entra em casa! - ir ao banheiro exige atenção. Faça como manda o figurino: deixe seu calçado no corredor e esprema seu delicado pé ocidental para caber nos minúsculos chinelos exclusivos de banheiro (eles só parecem, mas não são infantis). Faça o que tem que fazer lá dentro e, na saída, um detalhe importantíssimo: deixe o chinelo lá. Não vá pisar na bola levando a sujeira do banheiro para o resto da casa e sendo o centro das atenções. (Imagem: Flickr_Crispin Semmens)

Você está num shopping, super apertado para ir ao banheiro e quando chega lá, o que vê, para o seu desespero, são incontáveis portas fechadas. Como pode ser que alguma esteja só encostada, você sai feito um doido batendo de porta em porta ou se agacha (a bexiga cheia que aguente a consequência) pra ver se tem a sorte de encontrar um vaso sem pé na frente. Se você estivesse no Japão, toda essa maratona seria desnecessária. Bastaria você bater o olho no mapa do banheiro (é isso mesmo que você leu, a organização dos japoneses chega a esse ponto). Disponível logo na entrada de alguns banheiros públicos, um painel eletrônico mostra com luz verde ou vermelha qual espaço está ocupado e qual está livre. Um alívio para a bexiga, hein!? (Imagem: Flickr_perke)

Ir ao banheiro certo - de homem ou de mulher - é tão automático que a gente nem se dá conta que teve que pensar para distinguir a plaquinha indicando em qual porta entrar. Para o alívio geral, as imagens do feminino e do masculino são quase universais. Geralmente são azuis ou vermelhas, mostram ou não uma saia, o que muda são os estilos do desenho. É aí que entra a criatividade dos reis dos mangás. A entrada dos banheiros japoneses tem figuras estilizadas - tipo as de ninja (foto), que vão fazer você sacar na hora pra que lado ir. E se a plaquinha não tiver desenho, só o tradicional “ele"ou "ela” e, pior, em japonês? Aí, meu caro, o jeito é esperar alguém usar o banheiro e seguir no rastro dele (tomara que ele não seja um estrangeiro tão confuso quanto você). (Imagem: Flickr_akaitori)

Se você sofre do complexo de Jaiminho - o carteiro do Chaves que só quer evitar a fadiga - o seu lugar de tomar banho é no Japão. Na frente do chuveiro, adaptável para ficar na altura da sua cintura (acredite, ele não é infantil), tem um banquinho, tipo daqueles que a criançada usa para brincar, sabe? Aí é só se acomodar e se banhar confortavelmente sentado. A posição faz um bem danado para as costas (não precisa ficar se curvando como quando se está em pé), diminui o risco de escorregar e deixa a limpeza chata entre os vãos dos dedos dos pés bem mais fácil. Ah, e tem até um baldinho para ajudar na hora do enxágue. Pura conveniência! (Imagem: Arquivo Pessoal/Alessandra Stefani)

Tomara que com essas informações, sua ida a um banheiro japonês seja mais tranquila.

E você, o que acha dos banheiros do Japão? Já usou um? Compartilhe sua opinião aqui com a gente!